Entrevista Kleytton Farney
Eae galera!
A entrevista de hoje é com o músico
baixista Kleytton Farney, uma das entrevistas mais pedidas nos últimos meses
por nossos seguidores e leitores.
Kleytton é influência para muitos músicos, não só baixistas mas também de outros instrumentos, que assim como eu, acompanham seu trabalho.
Considerado um dos melhores baixistas do momento; trabalha como músico do Henrique e Juliano, e também é Youtuber.
Tivemos a
honra de entrevista-lo para vocês, então Let’s go!
Kleytton Farney de Lima Nobre ,30
anos, natural de Natal morando
em Goiânia .
Como você aprendeu a
tocar ?
O primeiro contato foi brincando no teclado Casio que ganhei dos meus
pais, tentava tirar as melodias das músicas que vinham nele. Lembro que eu
ficava encantado com a banda da igreja católica da minha cidade (Nova
Metrópole, Caucaia-CE). Chegava em casa e tentando me lembrar dos arranjos das
músicas , tentava reproduzir no tecladinho rsrs.
E logo após, aos 10 anos,
entrei na banda da igreja onde foi minha primeira escola, aos sábados ia para
casa do tecladista da banda para tentar aprender mais com ele.
Sempre toquei teclado e brincava de fazer o baixo na mão esquerda
enquanto tocava outra coisa com a direita, acho a paixão pelos graves iniciou
assim. Mas, tive interesse no baixo quando comecei a fazer o ensino médio, eu
era o tecladista da banda da escola, chegava cedo para tentar correr na sala de
música e sair tocando enquanto sobrava tempo.
E foi aí que fui pegando no baixo
até gostar, mas até então ainda era tecladista.
Como começou sua
carreira musical ?
Aos 14 anos me mudei para o Rio Grande do Norte para a cidade de
Ceará-Mirim RN.
Eu só tocava na igreja e ia para alguns ensaios de bandas
seculares onde me interessei por viver nesse meio. Entrei em uma banda de samba
e pagode para ser o segundo tecladista da banda, até que um dia o baixista saiu
e não conseguiram outro para fazer o show que já estava marcado, foi aí que eu
pedi a oportunidade ao dono da banda para tocar baixo. Ele aceitou mas
até então eu não era baixista e não praticava o instrumento, então comecei a
tirar o repertório no meu violão para fazer o show como baixista.
Quando subi
no palco e fiz aquele show (que foi um desastre rsrs) foi quando eu virei
realmente um baixista, ruim mas era baixista.
Quais suas influências ?
Tive e tenho muitas influências, sempre busquei saber quem eram aqueles
baixistas das músicas que eu tirava do repertório, e foi assim que fui
conhecendo e admirando o trabalho deles. Do gênero popular tinha o Magninho,
Bimba, Faísca, Gilson Batata, Maurilio, Véi do Baixo, entre outros, já do
instrumental brasileiro eu ouvia o Sérgio Groove (além de ser uma das minhas
maiores influências, hoje somos grandes amigos), Arthur Maia, Nico Assumpção,
Ney Conceição e os gringos, John Pattitucci, Victor Wooton, Richard Bona entre
muitos outros onde nem todos são baixistas, eu sempre gosto de ouvir de
tudo.
Como tem sido a experiência de tocar na Banda do Henrique e Juliano?
Trabalhar com o Henrique e Juliano, para mim é como trabalhar com
qualquer outro artista, levo meu trabalho de forma séria e sempre com boa
vontade independente de quem for, para mim dou a mesma importância. Porém,
pessoalmente me sinto realizado em poder fazer parte de uma banda nacionalmente
conhecida, e posso dizer que eles são hoje os melhores com quem
trabalhei.
Seu canal do YouTube tem crescido cada vez mais e você tem se tornado
influência no meio musical. Como se sente sobre isso?
Fico muito feliz em ver meu canal crescendo, e mais feliz ainda em saber
que isso está influenciando muitas pessoas. O intuito do canal sempre foi
compartilhar experiências, possibilidades e levar até as pessoas uma visão
diferente do que elas estão acostumadas a ouvir. Quando o canal começou, era
tipo como uma nuvem onde salvava meus vídeos para mostrar aos meus amigos do
Facebook, hoje já são mais de 76.000 inscritos somando um total de mais de
8.000.000 de visualizações. E isso é incrível. Sou tenho a agradecer a Deus, à
todos os meus inscritos e a todos que acompanham meu canal.
Recado e dica musical para os músicos que acompanham o blog e se trabalho:
Para todos que querem crescer profissionalmente na música, não existe
uma fórmula mágica, mas talvez exista um pensamento correto que influencia as
coisas à fluerem. A música não é competição, dentre os bons não existe melhor,
cada músico tem sua particularidade, cada um tem seu estilo e sua forma de
interpretar. Julgar alguém por não tocar da forma como você esperaria ou da
forma como outro músico toca, não faz ele pior que alguém, a música tem
infinidades de possibilidades. Apesar de existirem números de compassos,
divisões e frações das figuras rítmicas, a música não é matemática, e é por
isso que somos artistas, solo ou sideman, nosso trabalho é fazer arte.
Apreciemos a arte de cada um sem inventar essa competição como se vivêssemos
numa olimpíada de matemática. Acredite no seu som, busque e lute pela seu
crescimento musical e profissional. Nos momentos ruins, não reclame, procure a
melhor solução e não meça esforços. E já nos momentos bons, não relaxe na zona
de conforto, lute mais ainda para se manter lá, e cresça mais ainda. Sempre se
dedique, pesquise e estude muito. Não existe limite.
União e muita música pra todos.
E muita #FéEmDeusAcimaDeTudo ✌🏻😉🎸